RS Safra 2024/25: clima úmido atrasa plantio de inverno
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Plantas não dependem de um único sensor interno para detectar calor. Elas integram informações térmicas por meio de uma rede genética descentralizada. A descoberta desafia teorias antigas sobre como vegetais percebem e respondem à temperatura.
O estudo foi liderado por pesquisadores da Universidade Monash, na Austrália, em parceria com instituições da Índia e dos Estados Unidos. Eles mostraram que proteínas e processos biológicos espalhados pelo organismo vegetal reagem ao calor de forma coordenada, sem um "termômetro central".
Segundo o professor Sureshkumar Balasubramanian, que coordenou a pesquisa, a descoberta pode transformar a forma como se desenvolvem variedades agrícolas adaptadas às mudanças climáticas.
“Podemos criar cultivos personalizados para diferentes regiões, o que se torna vital frente a eventos climáticos extremos como secas e enchentes”, afirmou.
A nova teoria permite identificar com precisão os elementos sensíveis à temperatura dentro das plantas. Isso viabiliza a manipulação genética direcionada. “É como medicina personalizada, mas aplicada às plantas”, disse a coautora Sridevi Sureshkumar.
Essa abordagem pode superar os cultivos geneticamente modificados já existentes. Com ela, abre-se a possibilidade de produzir alimentos em locais antes considerados inadequados devido ao clima.
Mais informações em science.org/doi/10.1126/science.adv5407
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